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quarta-feira, 10 de outubro de 2012
BIENAL DO DESIGN 2012
EDIÇÃO 2012
A IV Bienal Brasileira de Design, que acontece de 19 de setembro a 31 de outubro, em Belo Horizonte, no Palácio das Artes, tendo como mostra principal “Da Mão à Máquina”, coloca a capital mineira como a cidade-sede do design. O evento deste ano tem a temática “Diversidade Brasileira”, sob curadoria geral de Maria Helena Estrada.
A Bienal pretende delinear as referências e tendências nacionais e internacionais, com a participação de várias instituições, profissionais, pesquisadores, empresas, entre outros, que interagem com o design, e potencializar a utilização nos meios produtivos como ferramenta estratégica para a competitividade e melhoria da imagem do produto nacional no mundo – Marca Brasil.
Para não se perder em tamanha diversidade serão priorizadas as vertentes étnicas; megadiversidade dos recursos naturais, somadas ao olhar econômico/produtivo. A ideia de diversidade está ligada a conceitos de pluralidade, multiplicidade, diferentes ângulos de visão ou abordagem, heterogeneidade e variedade. Muitas vezes, pode ser encontrada na comunhão de contrários, na intersecção de diferenças ou ainda na tolerância mútua.
O evento estará ancorado em um pilar principal de Mostras e de Ações Educativas, de Conhecimento, Acadêmicas, Negócios e Ações de Eventos Integrantes. A programação – em suas diversas atividades e ações – espelha a transversalidade do design não só no setor produtivo, como na cultura e na sociedade como um todo.
Nesta edição, a proposta básica e lógica é a de adotar uma perspectiva que deixe clara, quanto à vertente estética do design, que ocorreu uma inversão fundamental. Máximas tidas como verdades – por exemplo “a forma segue a função” – caem por terra com a inversão de conceitos arraigados e muitas vezes não questionados. Hoje é o material utilizado e suas potencialidades que irão determinar a forma de um objeto, e não apenas o desejo de seu criador. Esse personagem, é claro, deverá obedecer a todos os novos parâmetros ambientais, mesmo que custe sacrificar seu projeto original.
Nesse novo mundo do Design, criador e criatura não mais sobrevivem sozinhos. Os muros de proteção foram derrubados. Todos precisam buscar conhecimento e aprimorar seus processos. Cumprindo um de seus propósitos que é a difusão do conhecimento e compartilhamento das melhores práticas, a IVBBD 2012 explorará as várias ferramentas de design nos seus aspectos tangíveis (tecnologia, processos, materiais) e intangíveis (cultural, social, emocional).
Os organizadores esperam receber, além de designers e profissionais de áreas afins, a comunidade em geral para que assim possa tomar conhecimento da importância do design. Toda a estrutura do evento está preparada para os diversos cidadãos (crianças, idosos, portadores de necessidades especiais), a partir da presença de monitores treinados.
Coordenador Geral Local
Recebi do Governo de Minas a honrosa missão de Coordenar a Bienal Brasileira de Design cuja edição 2012 ocorre em Belo Horizonte.
Muitos são os fatores que justificam a realização de uma Bienal, sendo o mais relevante deles o impacto positivo que um evento dessa proporção arrasta consigo mesmo. Oportunidade em que empresários e empreendedores atestam, através da diferenciação pelo design, os efeitos que um produto com conteúdos inovadores pode trazer para uma empresa, região ou país.
Desde o inicio, era nossa intenção que os efeitos da Bienal em Minas fossem fator de impulso para a cadeia produtiva local. Que trouxesse como resultado um fator de linkage comercial, isto é: que os efeitos das suas ações, através de mostras, cursos, seminários, palestras, workshops e demais atividades, nos servisse como húmus rico e fértil para a expansão e consolidação da prática de design nas nossas empresas.
O design, por ser uma atividade transversal, apresenta essa capacidade de integrar diversas áreas do conhecimento, açambarcando em si mesmo ciências aplicadas, tecnologia produtiva, economia de mercado, conhecimento e cultura, além de diversas outras disciplinas das áreas humanas e sociais.
Uma tarefa complexa, como a realização de uma Bienal de Design, oportuniza uma rica interação com os diferentes parceiros que a compõem. Destaco, nesse papel, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SECTES –, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico – SEDE – e a Secretaria de Cultura – SEC – juntamente com a Federação das Indústrias de Estado de Minas Gerais – FIEMG –, a Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG – e o Centro Minas Design – CMD –, que não mediram esforços para levar adiante o desafio do nobre propósito do Governo de Minas em realizar a IV Bienal Brasileira de Design em território mineiro.
Dijon De Moraes, Ph.D em Design.
Reitor da Uemg
Curadora Geral
O design, por algumas décadas, apenas sinônimo de beleza, começou aos poucos a ganhar novas atribuições e exigências, como utilidade, funcionalidade, serviço, capacidade de salvaguardar o meio ambiente e também grande aliado da tecnologia. Hoje ele é ferramenta de vida, que abrange todas as áreas do fazer e do pensar.
Diante do grande crescimento e fortalecimento do design no país, eis que surge a importante marca de se criar um grandioso evento: a Bienal Brasileira de Design, que neste ano, a ser realizada a partir de 19 de setembro de 2012, em Belo Horizonte, apresenta as mais significativas produções nacionais na área e revela o Brasil para o mundo.
A Bienal tem como tema desta edição a “Diversidade Brasileira” e como destaque a mostra DA MÃO À MÁQUINA, um percurso contemporâneo de nossa cultura material, do artesanato à produção industrial.Já é uma realidade: não é possível, para um país, se tornar global, sem antes ser local. Esta é a linha mestra que norteia a principal mostra da Bienal. Nela estarão representadas expressões da cultura popular, da linguagem contemporânea do artesanato brasileiro, dos estágios de nossa produção semi-industrial e industrial, até exemplos de tecnologias de ponta.
No âmbito acadêmico teremos um vasto programa internacional, que vai constar de fórum e seminário para discussão das questões mais urgentes do ensino do design no Brasil.
Os seminários, que se desenvolverão ao longo de todo o período da Bienal, pretendem expor e discutir os diversos aspectos do design contemporâneo e estarão em sintonia com as mostras apresentadas. Não falamos em inovação, porque esta palavra é a própria definição do design. Mas é fundamental que o Brasil se alinhe com o pensamento internacional e com os rumos que hoje orientam esse novo design: útil e necessário, menos poluente com o uso de novos materiais, avançado em suas formas de produção e ambicionado pelo mundo.
Maria Helena Estrada
Editora da revista Arc Design e na empresa Quadrifoglio Editora
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