sábado, 5 de junho de 2010

Feira de arte latino-americana Pinta inaugura edição britânica

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Obra da artista Laura Ortíz, "Classfieds", exibida na edição londrina da feira de arte contemporânea Pinta Feira de arte latino-americana Pinta inaugura edição britânica

Ben Stansall / AFP

LONDRES, 4 Jun 2010 (AFP) - Depois de três edições em Nova York, a feira Pinta abriu as portas ao público, em Londres, esta quinta-feira, com o objetivo de chamar atenção na Europa para a arte moderna e contemporânea latino-americana.

Os organizadores têm "boas expectativas" para esta edição inaugural, que será celebrada até o domingo em um espaço de 40.000 metros quadrados no centro de convenções londrino Earl's Court, com a participação de 60 galerias de América Latina, Estados Unidos e Europa.

"A feira ainda não começou e já houve vendas", comemorou Alejandro Zaia, presidente da Pinta, sem dar maiores detalhes.

O sucesso da Pinta de Nova York, onde na última edição as vendas totais foram estimadas em cinco milhões de dólares, levou os organizadores a se lançarem na conquista de novos mercados.

"Desde o primeiro dia, sabíamos que este era um projeto para se expandir. E a expansão natural da Pinta era Londres, a outra capital da arte no mundo global", explicou Zaia à AFP.

Embora haja um mercado crescente para a arte latino-americana, sobretudo nos Estados Unidos, os artistas da região não recebem a atenção que merecem.

"A arte latino-americana é pouco conhecida e este é justamente o desafio: torná-la conhecida", acrescentou o presidente da Pinta, esperando que a feira permita que o público inglês comece a "apreciar e comprar" obras latino-americanas.

Obra do artista mexicano Damián Ortega exibida na feira de arte latino-americana Pinta
O primeiro feito da Pinta londrina foi atrair muitas galerias que nunca haviam estado na edição americana, procedentes de Espanha, Holanda e Grã-Bretanha, entre as quais se destaca a prestigiada White Cube, que apresenta "Testigos Oculistas" (Testemunhas oculares), do mexicano Damián Ortega.

Entre as latino-americanas, estão galerias de Brasil, México, Argentina, Chile, Colômbia e até mesmo Bolívia e Cuba. Apesar de terem que fazer um esforço nestes tempos de crise, a nova feira representa uma oportunidade única para conhecer colecionadores e divulgar seus artistas.

Grandes instituições europeias, como a Tate Modern londrina, o Centro Georges Pompidou de Paris, o Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, de Madri, e o Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA) foram convidados a participar do programa de aquisições para museus da Pinta.

O programa, ao qual até agora foram doados 250.000 dólares, consiste em disponibilizar fundos para os museus, que segundo Zalia são "os verdadeiros geradores do valor simbólico da arte hoje em dia" para que eles os equiparem e os invistam em ampliar suas coleções de arte latino-americana.

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