segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Nelson Hoineff grava documentário sobre Cauby Peixoto






AE - Agencia Estado

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SÃO PAULO - Cauby Peixoto se apresenta no pequeno palco do Bar Brahma, na esquina das avenidas Ipiranga e São João, em São Paulo, há cinco anos e sempre com a casa lotada. Mas, no mês passado, toda segunda-feira em que Cauby entoou "Conceição", um de seus maiores sucessos, era observado mais atentamente pela plateia - especialmente, pelo diretor de cinema Nelson Hoineff. Com sua câmera, o pai de documentários como "Alô, Alô, Terezinha", sobre Chacrinha, e "Caro Francis", que vai contar a história de Paulo Francis, caprichou um pouco mais no foco e aguçou os ouvidos para não deixar escapar nenhum suspiro do cantor de 78 anos. Momentos singulares como esses vão fazer parte de "Começaria Tudo Outra Vez", documentário que Hoineff planeja lançar em abril do ano que vem.



"Gosto de lá (do Bar Brahma), o pessoal gosta de mim. A casa enche", afirma Cauby, sem perder a modéstia. Mas os shows no bar não serão os únicos registros do cantor. O filme também terá declarações de amigos, familiares, biógrafos, funcionários, covers e muitos fãs, além de cenas de arquivo de televisão, shows e fotografias, acumulados em mais de 60 anos de carreira. "Ao sair para filmar, confirmei uma suspeita que tinha. Os fãs de Cauby são completamente apaixonados por ele", afirma Hoineff.



O diretor gosta de dizer que o que leva ao cinema não são biografias, mas documentários. A diferença, segundo ele, está na maneira de contar a história: enquanto a biografia pretende esgotar a vida do homenageado, o documentário tem um tema, um período a retratar. O contato de Hoineff com o cantor tem sido constante. "Quero desvendar aspectos importantes de sua vida. Procuro também pessoas que são chaves na sua carreira." Uma dessas figuras importantes para a pesquisa é a assistente, empresária e assessora Nancy, há quase nove anos ao lado de Cauby. Outro entrevistado é o cover do músico Paulo Martan, de 30 anos, que começou a imitar Cauby apenas para agradar a tia e se profissionalizou.



O próprio Cauby está otimista com o filme sobre sua carreira. "Tudo que falam da gente, seja em entrevista, em documentários ou no bate-papo, é muito importante. Não é todo mundo que tem a honra de ter um documentário. Fico feliz com isso", diz o cantor. Depois de dar entrevistas para Hoineff, a parte mais fácil para Cauby é subir ao palco e cantar. "Fico à vontade com a câmera. Está indo tudo muito bem." O diretor confirma. "Quando ele sobe ao palco, parece um garoto no início da carreira. É esse eterno recomeço que quero mostrar." As informações são do Jornal da Tarde

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